Guilhermices

O Guilherme ultimamente presenteia-nos com um esclarecedor abanar da cabeça e dedinho, quando sabe que vai fazer alguma coisa que não pode. Olha para nós e abana a cabeça em sinal de negação e o dedinho a ajudar no teatrinho.
Claro que, logo de seguida, faz exactamente aquilo que não devia (testa os limites ao máximo).

Agora também acha piada fazer desaparecer as coisas (mandá-las para algum sítio) e levanta as mãos e diz "não há".

Se nos ouve tossir ou espirrar, toca a imitar-nos. Mas o engraçado é que faz mesmo de conta que não é nada com ele, que está mesmo a tossir porque tem tosse.

Quando pergunto: "como faz o cão", ele responde (com a boca fechada) "nhmmm nhmmm", "como faz o gato?", "mnha mnha".

Quando quer ir a algum lado connosco vai buscar-nos. Pega-nos na mão, geralmente num ou dois dedos, e lá vamos nós.

Lá no Alentejo, os meus pais têm um cesto de basquete e 2 bolas. A diversão do Guilherme é ver-nos encestar. Ele pega nas bolas (depois mostro como) e olha para o cesto e deixa cair a bola. "Já está", deve pensar para os seus botões.

Hoje a minha mãe disse-me que lhe deram um cesto de basquete, dos pequeninos. Missão impossível: tentar encestar as bolas grandes no cesto. "Se as pequenas cabem, estas também têm de caber avós!"

Sabe-la toda! Ah pois sabe!